Apesar do escândalo causado pela exposição de suas
obras em Oslo, Munch ganhou uma bolsa de estudos em 1889. Morou na
França, na Alemanha e na Itália, e somente após 18 anos regressou à
terra natal. Em Paris, fez contato com os pós-impressionistas,
especialmente Toulouse-Lautrec e Gauguin, de quem recebeu
reconhecida influência.
Interessado também no
realismo social de Ibsen, criou para o escritor os cenários e
figurinos da peça Peer Gynt, montada em Paris em 1896. A atmosfera
sombria, os nus e retratos espectrais de Munch inspiram-se em Ibsen,
mas a partir de 1890 seu expressionismo adquiriu caráter simbolista,
de teor quase histérico em "O Vampiro", "A Angústia" ou "O Grito" -
quadro de que Munch pintou quatro versões. A que se
encontrava em coleção particular foi vendida na Sotheby's,
em Nova York, no dia 2 de maio de 2012 pelo preço recorde
de 119,9 milhões de dólares (cerca de 91 milhões de euros),
tornando-se a o obra mais cara vendida em leilão.
Em Paris, pintou ainda
"Frisa da vida", que considerou a síntese de sua obra. Em Berlim,
entre 1892 e 1908, conheceu August Strindberg e influiu na evolução
do expressionismo alemão.
Em 1910, definitivamente
de volta à Noruega, Munch renovou sua pintura com um estilo não
menos vigoroso mas de cores claras, em que se abranda o espírito
trágico das obras anteriores. São dessa fase os murais "O sol", "A
história" e "Alma mater", que criou de 1910 a 1915 para a
Universidade de Oslo.
A maior parte de sua obra,
inclusive admiráveis litografias e xilogravuras como "Moças na
ponte" e "Noite branca" (1911), pode ser vista no museu de Oslo que
recebeu seu nome. Edvard Munch morreu em Ekely, próximo a Oslo, em
23 de janeiro de 1944.