Pintor flamengo, Memling nasceu em Selingenstadt,

perto de Frankfurt, Alemanha, c. 1440 e morreu

em Bruges, na atual Bélgica, em 1494.

Pouco se sabe de sua mocidade, embora se acredite

tenha estudado em Colônia e trabalhado

no ateliê de Roger van der Weyden.

Estabeleceu-se em Bruges por volta de 1467

e em poucos anos adquiriu fama internacional,

recebendo encomendas de trabalhos

de várias capitais européias.

Memling é autor de algumas das mais célebres madonas que se conhecem. Seu traço é delicado, quase feminino.

A expressão estática dos personagens por ele pintados reflete uma dramaticidade contida

 e um senso de fervor místico.

Memling retira seus retratados dos recintos sombrios

e os coloca junto de janelas e desvãos, através dos quais fixa paisagens ricas de detalhes e banhadas de luz.

A composição obedece ao modelo clássico, balanceada

em função do centro do conjunto. Mas sua principal característica é a busca de uma harmonia total.

Essa harmonia representa o inteiro domínio

do artista sobre seus meios de expressão.

Há incerteza quanto às datas precisas das obras

de Memling, mas são consideradas as mais

importantes aquelas posteriores a 1470.

Destacam-se inicialmente o "Juízo Final", obra monumental, de poderoso efeito dramático, e o tríptico pintado para Sir John Donne, que aparece na obra com a esposa e filha, ajoelhados, diante da Virgem; encontra-se atualmente na coleção do Duque de Devonshire, em Chatsworth Hall, Derbyshire, Reino Unido.

Mais importantes, contudo, são as madonas, principalmente as que estão nos museus: Louvre em Paris, Prado em Madri, Uffizi em Florença, e em Viena.

A obra-prima de Hans Memling, segundo consenso geral,

é o relicário "Ciclo de Santa Úrsula", no St. Jans Hospital, Bruges, onde estão também os melhores retratos de Memling: os de Maria Moreel, Martin Nieuwenhove

 e Sibylla Sambetha.