François Spiering (também grafado Spierincx), foi um tecelão flamengo, atuando em Delft onde chegou em 1591, tornando-se membro da associação em 1613. Na sua bem sucedida loja de tapeçaria ele produziu peças figurativas e pictóricas.

Em 1598 Spiering recebeu a visita do memorialista Aernout van Buchell (1565?-1641) que no seu diário se espandiu em elogios sobre  as suas tapeçarias, cuja qualidade pictórica e o colorido - ele escreveu - eram quase tão bons quanto os de quadros a óleo.

De 1592 em diante,  a loja de Spiering se estabeleceu  no convento de St. Agnes, ou Agnietenklooster - também conhecido como Spierinxklooster - no último bloco de casas de Oosteinde, lado sul, próximo do portão Este. Essa construção, medindo 6 por 8 metros, tendo as paredes nuas, foi-lhe cedida gratuitamente, já que a cidade de Delft valorizava suas atividades artísticas e comerciais. Em 1599 ele alugou uma área conectada com o convento de St. Agnes.

 Spiering empregou, um de cada vez, os pintores/desenhistas Hendrick Cornelisz Vroom e Karel van Mander, the elder. Sua oficina teve continuidade com seus filhos Aert Spiering e Pieter Spiering.

François Spiering possuia uma coleção de Arte que primava por imagens e desenhos de alta qualidade, incluindo trabalhos italianos e uma coleção extraordinária de Lucas van Leyden. Seus filhos transferiram essa coleção para The Hague em 1638.

Museo Poldi Pezzoli, Milan