Catedral de Petrópolis
RJ - Brasil
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Catedral de Petrópolis
 
 
Histórico
 
A Catedral de São Pedro de Alcântara localiza-se em Petrópolis, cidade serrana no Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
É dedicada a São Pedro de Alcântara, padroeiro da cidade e da Monarquia Brasileira.
 
 
 
 
 
Outras referências sobre a Catedral de Petrópolis encontram-se no site
 
 
 

 
 
 
 
 
 
VITRAIS
 
 
Os vitrais contam uma história, apresentam sempre uma mensagem e, do ponto de vista artístico, são verdadeiras jóias de luz e cor.

Os vitrais da Catedral São Pedro de Alcântara não fogem à regra. Segundo nos informa o saudoso professor Lourenço Luiz Lacombe, “os vitrais que representam São Pedro de Alcântara, São Francisco de Assis, Santa Isabel e Santa Teresa, foram oferecidos pela Família Imperial e fabricados em Paris (Champigneulle)”, os demais foram fabricados na Casa Conrado (São Paulo) e no Rio de Janeiro (Casa Alberto). Estes vitrais foram colocados  à medida em que iam sendo entregues.

Entre eles merecem destaque:

a) vitral representando a Imaculada Conceição, protetora do Brasil e do Império. Na parte superior pode ser vista a cruz, reprodução exata daquela que serviu à missa celebrada em 1846, na Praça da Confluência e na qual o vigário, Monsenhor Teodoro Rocha, mandou introduzir as armas da paróquia, para que isso ficasse em memória daquela notável solenidade. Sob a cruz podem ser vistos dois sinos (símbolos da Oração), o “São José” e o “Ângelus” da antiga Matriz.

b) vitral representando o Sepultamento de Jesus como símbolo do sepultamento do Imperador. Ao fundo podem ser vistos ciprestes e palmeiras para caracterizar o clima de Petrópolis que permite a existência simultânea destas plantas. No alto as iniciais P.II., ladeadas pelos símbolos da Justiça e Sabedoria (Lei e Balança).

Nos letreiros: no do centro, as datas da morte do Imperador e da Imperatriz; no da esquerda o Decreto do poder legislativo n.º 4.129, de 3 de setembro de 1920, revogando o banimento e autorizando a transladação dos restos mortais do Imperador e da Imperatriz; no da direita o Decreto n.º 21.270, de 11 de abril de 1932, do Governo Provisório, abrindo o crédito de 300 contos de réis para o Mausoléu. Estes decretos são historicamente muito significativos pois simbolizam a participação oficial do País nas homenagens prestadas a D. Pedro II. Embaixo, podemos ainda observar as armas imperiais e o soneto “Terra do Brasil”, de autoria de D. Pedro II.

c) vitral representando São Pedro de Alcântara e Santa Teresa D´Avila, santos  protetores dos Imperadores. Na parte superior podemos observar as Constelações Cruzeiro do Sul, Triângulo e Centauro. Na parte inferior hortênsias e os brasões do terceiro e quarto Bispos da Diocese de Niterói, a que Petrópolis esteve subordinada, respectivamente Dom Agostinho Francisco Benassi e Dom José Pereira Alves.

d) vitral simbolizando a abolição da escravidão. O ato, certamente inspirado pela idéia cristã, é simbolizado pela Crucificação de Cristo, cujo sangue redentor, quebra as correntes do escravo. Podem ser lidas as palavras do Salmo 56, versículo 4 – “Misit de Coelo et liberavit me” (Mandou do Céu e me libertou). Ao fundo, à esquerda, aparece a “Serra” dos Órgãos e à direita o Morro Alcobaça e a Matriz de Petrópolis, como foi deixada pela Princesa Isabel. Na frente, entre flores de maracujá, “A Rosa de Ouro” com a qual o Pontífice Leão XIII, cujo retrato também aparece, quis premiar o ato redentor da Princesa. Na base os dizeres que acompanharam a oferta “Celsissimae princip. Imp. Elizabeth Brasiliae Regenti P.P. Leo XIII – In Nonas Maias MDCCCLXXXVIII".
 
 

 
 
 
 
 
Abóbada com Vitrais
 

 
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhe do vitral anterior
 

 

 

 
 
 
 
 
Detalhe do vitral anterior
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundo Musical:
 
Jesus, Alegria dos Homens
Johann Sebastian Bach, 1685-1750
 
 
 
 
 
 
Produção:
Mario Capelluto
 
Pesquisa e Formatação:
Ida Aranha
 
 
 
 
 
 
setembro, 2010