FAX DO BELA PARA AEX

Para: Márcio B. Braga Presidente AEx’s GNF/CNF
De: Luiz Otavio Lins de Souza Ex CNF (1956/60)


Prezado Presidente,

Através do site da nossa Associação na Internet, tomei conhecimento da programação que esta sendo preparada para as comemorações do cinquentenário de fundação do nosso colégio. Estão de parabéns os organizadores pois estão planejando um evento bastante diversificado e abrangente, que irá preencher todo o tempo da nossa permanência na cidade.

É importante conseguir o envolvimento da população da cidade, que sempre nos acolheu muito bem (principalmente por parte da feminina) bem como o comparecimento em massa dos Ex’s GNF/CNF, Ex-professores e funcionários, principalmente aqueles que tiveram uma passagem marcante pelo Colégio e os que nunca apareceram anteriormente.

Na qualidade de assíduo participante desses Encontros e cultuador das lembranças e das amizades que fiz durante o período que lá estive, permito-me fazer algumas sugestões que acredito poderem ser aproveitadas pelos organizadores, a fim de garantir o sucesso das festividades:

Criar pacotes incluindo transporte, hospedagem e participação nos eventos, através de Agências de Turismo locais, com diversos níveis de acomodação e prevendo financiamento ou pagamento parcelado antecipado. A compra do pacote, obriga o comparecimento e faz o Ex se agendar para a data, de forma a não deixar para a última hora, a decisão de ir.

Conseguir a hospedagem no "científico", opção muito utilizada por Ex’s que não tem condições financeiras para se hospedarem nos hotéis da cidade ou gostam de ficar "imersos" totalmente no clima nostálgico que o colégio lhes proporciona.

Manter desde já, uma intensa comunicação com todo o universo de Ex’s, no sentido de estimular sua participação e divulgar o programa. Há casos em que alguns de nós não comparecem porque acham que não vão encontrar os colegas de turma ou não irão se integrar com os demais. Temos que convencê-los que a diferença de idades, hoje, não mais existe e que a experiência vivida no GNF/CNF é comum a todos de qualquer geração.

Buscar apoio na mídia para divulgar o Evento. Para isso, temos que convocar aqueles Ex’s com acesso a ela, por exemplo: você, Dolabella, Gracindo Jr., Renato Machado, Langoni, etc que podem fazer um trabalho nesse sentido, inclusive procurando participar de programas de entrevistas na TV, tipo HEBE, JÔ SOARES, BORIS CASSOY, AMAURI JR. etc.

Organizar melhor o desfile do Colégio no dia 7 de setembro, que é o ponto culminante das comemorações, de grande significação para todos nós e carregado de fortes emoções, que tem sido improvisado. Deveríamos uniformizar os desfilantes para não dar impressão que somos o "Exército Brancaleone". Afinal, uma calça jeans, tênis branco ou o tradicional sapato marron com uma T-SHIRT onde poderíamos mandar estampar o escudo do Colégio e vendê-la para os desfilantes, não sai caro.

Formar uma guarda de honra integrada por Ex’s de todas as décadas em que o colégio funcionou, trajando o tradicional uniforme de gala, composta também pelas "meninas"Ex’s.

A banda merece uma organização à parte: recuperar os instrumentos, inclusive estampando nos de percusão o velho símbolo. Como há dificuldade de se aregimentar Ex’s corneteiros (até porque hoje não teriam fôlego e embocadura), convidar ou mesmo contratar um "naipe"de corneteiros junto às Instituições Militares ou em bandas congêneres. Era tão bonito o toque anunciando a virada! Vamos tentar reviver isso e, quem sabe, incluir alguma evolução no "script", que tanto empolgava os assistentes.

Existe um projeto antigo (acho que é do tempo do Chermont) de editar um livro de "estórias e causos" sobre o Colégio, composto de contos escritos pelos próprios personagens, cuja organização ficou a cargo do Clóvis Cavalcanti. É uma idéia interessante e que teve boa aceitação por parte de todos. Não sei se houve "escritores" em nº suficiente para justificar a edição do livro.

Chamo atenção dos organizadores que o Hotel Olifas esta decadente. Nos anos anteriores em que foi palco do "queijos e vinhos"foi em fiasco: Não tinha nem água mineral quanto mais vinho para fornecer. Uma programação noturna tem que ser motivo de grande preparação de forma a tornar-se o ponto alto da convivência, sob pena de haver dispersão em busca de locais mais animados. Que tal entregar a organização dessa programação noturna a um "promoter" que teria condições de criar um clima de alto astral tal qual acontece aqui no Rio na "Feijoada do Amaral"? Em ambos os casos (Q/Vinhos e Baile) haveria a participação do pessoal da cidade e a entrada deveria ser cobrada. A temática não deveria ser "nostálgica" pois não queremos nos sentir "velhinhos assanhados", tentando reviver o passado e sim mostrar nossa atualidade e como estamos inseridos "nesses tempos"em razão da formação recebida no CNF.

Uma missa solene de Ação de Graças ou "in memoriam" pelos que já se foram, oficiada pelo Bispo da Arquidiosese caberia nas comemorações.

Lembro que poderíamos tentar arranjar um patrocínio com o proprietário da Majórica, em função de tantos anos realizando os encontros em seu estabelecimento.

A nossa colega Maria Alice havia me convidado para participar da Reunião na sua residência a qual não pude comparecer por ter um compromisso profissional na mesma hora. Eram estas as sugestões que iria fazer.

Gosto de colaborar nesse tipo de coisa. Para facilitar minha identificação, informo que temos um amigo em comum: o DELAIR, com quem tenho contato diário na Câmara Comunitária da Barra e tem o mesmo "defeito"de ser flamenguista.

Um abraço do
Luiz Otavio

Volta